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Tudo bem não ser normal: um dia você voltará a correr

Um homem que nega o amor e uma mulher que não o conhece desafiam o destino e se apaixonam.

Aviso: pode conter spoilers.

Um romance e fantasia sobre a vida de um auxiliar de enfermagem que trabalha num hospital psiquiátrico e uma escritora de livros infantis com transtorno de personalidade antissocial.

Considerando o passado traumático dos adultos e como ele sempre volta a tona, já é possível perceber que não é um dorama convencional, sendo assim, pode não atrair todos os públicos. Ele não possui um começo divertido, o ar é obscuro e até mesmo depressivo. 

No início é mostrado como Gangtae (Kim Soohyun) está sempre trocando de local de trabalho por conta do pesadelo que persegue seu irmão Sangtae (Oh Jungse), atormentado pelo assassinato de sua mãe que ele testemunhou 20 anos atrás. Quando criança, Gangtae se sentia deixado de lado pela mãe, que apenas cuidava e tinha carinho com seu irmão mais velho. Mesmo assim, hoje sozinho nunca falhou em cuidar de Sangtae que tem autismo, e dedica toda sua vida à isso. 

Ko Munyoung (Seo Yeji) é a autora favorita do irmão mais velho, que tem o caminho cruzado com Gangtae por essa razão. Ao longo do drama somos levados ao seu passado, e suas atitudes podem ser consideradas um tanto quanto assustadoras mesmo com os motivos que estão por trás, nos fazendo crer que ela é uma pessoa ruim. Munyoung escreve contos de fadas baseados em suas experiências pessoais, e assim temos diversas histórias de uma realidade cruel contadas em tom divertido que nos entretem.

Ao decorrer vemos como Gangtae e Munyoung vão amolecendo, mas o amor cura tudo? Ambos com machucados que foram cicatrizando graças ao sentimento mútuo de carinho, cresceram solitários com o desejo de terem uma família e vontade de serem cuidados. O drama passa a ideia de que família não é só a de sangue mas sim a que olha por você quando uniu Gangtae, Sangtae e Munyoung, realizando a vontade dos três. Sendo assim o que sentiam pode ter sido amenizado, no entanto ainda acredito que não podemos depositar nossas angústias em alguém e esperar a cura. Na fantasia foi bonito e emocionante, tanto a melhora como a liberdade que cativaram, mas não é assim na vida real.

O dorama também possui uma vilã, que na minha visão foi esquecida por conta do grande número de temas que trataram. Sua aparição foi um pouco sem sentido e pode deixar muitos “no ar”. Tirando isso, não encontrei outras faltas, foi tudo muito bem pensado e produzido. O papel do Jungse é admirável, o TEA foi muito bem representado e o ator merece muito reconhecimento! Quanto ao cenário, não falharam em passar as emoções corretas, como a melancolia ou a comicidade em várias cenas. Todos os atores souberam dar vida aos seus personagens, tornando tudo mais interessante de ser ver. 

Agradecimento a Kristal por ter me auxiliado nessa <3

 

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