A espera acabou. Quase dez anos desde sua última apresentação no Brasil, o grupo de kpop Super Junior voltou ao país em única apresentação.
Produzido pela empresa 30E, o show fez parte da turnê Super Show 9: Road e teve como destino o Espaço Unimed, localizado na Zona Oeste da cidade de São Paulo, e com capacidade para 8 mil pessoas. Programado para começar às 20h, o evento reuniu centenas de fãs que puderam interagir e cantar com os idols durante quase duas horas e meia de show.
Formado atualmente pelos membros Leeteuk, Yesung, Shindong, Donghae, Eunhyuk, Siwon, Ryeowook, Kyuhyun e Heechul — que não veio na turnê —, o Super Junior foi criado pela SM Entertainment e teve sua estreia em 06 de novembro de 2005.
Desde o seu debut o grupo chamou a atenção do público. Seja por conta da quantidade de membros — 12 à época — quanto pelo estilo irreverente ou pelas coreografias muito bem executadas. Fato que rendeu, e ainda rende, inúmeros prêmios a eles.
Hoje, quase 18 anos depois, e com o avanço das gerações no kpop, o grupo é tido como um dos mais bem respeitados e consolidados em atividade; fruto do empenho e da dedicação que os membros depositaram em seu trabalho ao longo dos anos.
Com o anúncio da passagem da turnê pelo Brasil, ainda em meados de dezembro, E.L.F.s (fandom do grupo) do país inteiro se programavam para este encontro. Dentre elas, a designer Fernanda Martins (26).
Fernanda acompanha o grupo há mais de dez anos e esteve presente na primeira turnê do grupo pela América do Sul, a Super Show 5. Quando o anúncio do show foi feito, ela mal podia acreditar que teria a chance de rever o grupo.
“É muito mágico ver eles de novo porque achei que eles nunca mais viriam. Foi um intervalo muito longo. Eu até chorei quando consegui comprar o ingresso VIP”, diz Fernanda.
O ingresso VIP ao qual ela se refere era um dos mais disputados para o evento. Além de dar acesso à pista premium, o ingresso dava aos fãs direito à entrada preferencial, poster e card exclusivos e a possibilidade de se ver o grupo antes do início do show durante o hi-touch.
“Conhecer os meninos, mesmo que rapidinho, foi lindo. Alguns deles seguravam as nossas mãos, mesmo os staffs falando que a gente não podia”, relembra Fernanda.
A abertura dos portões para o público geral começou às 18h.
Centenas de pessoas, das mais diversas idades, se reuniram dentro do espaço para assistir ao show. Todas disputavam o melhor lugar possível, dentre as possibilidades, para ver seus ídolos de perto. A espera para vê-los havia sido longa e cada segundo a mais faria toda a diferença.
Assim que o show teve início e o Super Junior viraram um só. A energia presente na plateia virou combustível para o grupo que abriu o show com Burn the Floor — música que fez jus ao nome e incendiou o público. Em meio a uma performance bastante teatral, o grupo foi acompanhado em coro pelas fãs. Fato que se estendeu a todas as apresentações.
A estrutura montada para o show foi pensada para atender até aqueles que não estivessem próximos o suficiente do palco. Além dos telões, uma passarela se estendia em meio à pista e garantia uma proximidade ainda maior da plateia com o grupo.
Passando por músicas que fizeram o conjunto explodir mundialmente, como Mr. Simple, Mamacita, Sorry Sorry e Bonamana, o grupo mesclou sucessos recentes e do passado em uma divertida apresentação que agradou desde os mais novos até os mais velhos presentes no local.
E é justamente essa a magia do Super Junior.
Por ser um grupo da segunda geração, há E.L.F.s, como a Fernanda, que o acompanham há anos, mas também há aqueles que os conheceram há pouco tempo. Isso já era perceptível desde a fila, mas ficou ainda mais nítido quando o show começou.
Ali não havia apenas mães levando seus filhos e filhas ao evento; essas pessoas estavam unidas pelo amor ao grupo que parece ter sido passado de geração para geração, quase como uma relíquia de família.
E assim como o ditado de que “o bom filho à casa torna”, o Super Junior fez questão de mostrar o quão importante é o público brasileiro. Ao final do show, assim como em 2013, o grupo cantou “Ai se eu te pego”, sucesso do cantor sertanejo Michel Teló.
Foi o jeito carinhoso de o grupo se despedir do Brasil antes de seguir com a turnê por outros países da América Latina, como Peru e México.
E o que fica após o final da apresentação, além do carinho, é a promessa de que eles voltam. Só nos resta aguardar para que a próxima visita seja tão memorável e emocionante como esta.