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Estrangeiras vítimas de violência conjugal na Coreia do Sul

De acordo com a pesquisa da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Coreia do Sul, a partir dos dados coletados de julho até agosto de 2017, 42% das noivas estrangeiras que sobreviveram aos casamentos no país sofrem algum tipo de violência doméstica, como violência verbal, de negligência a saúde, física, financeira, sexual, corte de relações com a família forçado e restrições de liberdade. Em maio deste ano foram contabilizadas 380 agências casamenteiras na Coreia, que buscam resolver o problema da não estabilidade entre gêneros na área rural do país.

Em 2019 a polícia prendeu um homem de 36 anos após ter sido pego em vídeo agredindo sua esposa vietnamita por, supostamente três horas seguidas na frente do filho de dois anos.

Desde a década de 80 as autoridades locais começaram a patrocinar corretores que introduziam homens que moravam na área rural para mulheres etnicamente coreanas que viviam na China. A intenção era que houvessem mais casamentos e ocasionalmente mais nascimentos para combater o fato de que a população estava envelhecendo e muitas mulheres estavam deixando a região para viverem na cidade.
No entanto, décadas se passaram e agora temos casos como o de ‘Trinh’, uma mulher Vietnamita que aos seus 29 anos casou-se com um homem coreano que tinha por volta dos 50 anos de idade. A CNN conta que eles passaram sete meses casados enquanto moravam em países diferentes, já que a lei coreana exige certas particularidades para imigração por casamento, enquanto discutiam constantemente pois Shin não a apoiava financeiramente.
Após se mudar para a Coreia do Sul, em Yangju, eles continuaram a brigar pela barreira linguística e outros problemas financeiros. Três meses depois, Trinh quis se mudar para viver com um parente em outra cidade. Shin ficou enfurecido e tentou lhe impedir, mas Trinh o esfaqueou na coxa.
Shin, o marido, pegou a faca e a esfaqueou dez vezes no peito e no estômago. Após sua morte, ele a envolveu em plástico e a enterrou junto de seus pertences em um pomar de caquis em Wanju, 200 quilometros de distância de onde moravam.

O réu merece uma severa punição na cadeia considerando a dor que a vítima deve ter passado, o amargor que a vítima teve por sua vida ter acabado em um país estrangeiro dessa forma, e a tristeza da família da vítima que perdeu um amado membro da família. A vítima agora está retornando ao país natal como um corpo. – Juiz Kang Donghyeok

Há, ao todo, mais de 40,000 esposas vietnamitas na Coreia do Sul segundo dados de 2017. Um em cada cinco relacionamentos acabam em divórcio, e alguns são bem sucedidos em um ambiente saudável de amor, apesar das diferenças culturais e a barreira do idioma. No entanto, muitas sofrem de problemas seríssimos, sendo elas nascidas no Vietnam, China, Tailândia, Filipinas e outros, normalmente vindas de regiões pobres ou rurais para tentar ajudar na renda da família.

Eu pedi para ele voltar para casa e ele ficou furioso comigo, ele jogou todas as minhas coisas pra fora de casa. – Le Thi The, uma vietnamita que se divorciou de seu ex marido Sul Coreano

Em 2007, Nguyen Thi Kim Han se casou com um homem Coreano para tentar ajudar sua família e constatou que ele era inicialmente gentil. Não havia muito dinheiro, mas ela tentou não se importar, no entanto, ele perdeu tudo na bolsa de valores, os deixando, em palavra delas, sem nenhum trocado. Ela precisou voltar para seu país depois dele ter feito isso uma segunda vez, e só conseguiu matricular suas filhas na escola com a ajuda da KOCUN.
Em 2010 a Cambodja proibiu seus cidadãos de se casarem com Sul Coreanos, e a própria Coreia do Sul tem tentado resolver o problema interno ao explicitar que as mulheres precisam saber o básico de coreano, dificultando que a barreira do idioma seja mais um problema a ser enfrentado. O país também planeja por em vigor em outubro uma lei que impede que homens com histórico abusivo se casem com noivas estrangeiras, segundo a CNN.
Os números são alarmantes mesmo para as nativas, que em 2017 eram 29% que reportavam ter sofrido algum tipo de abuso no censo da Comissão Nacional de Direitos Humanos. Sabe-se que muitas vozes são silenciadas, portanto, é de se esperar que, infelizmente, o número seja ainda mais alto. Para as estrangeiras, é ainda pior, pois não são completamente hábeis no idioma e seus maridos precisam pagar o visto de cinco em cinco anos, por vezes as ameaçando com essa informação.
Em um artigo no fórum theqoo, os internautas coreanos estão enojados com a situação.
1. Casamento como troca = Tráfico humano
2. Qual é a das crianças reclamando desse artigo? (Da CNN) Casamento como troca é um problema evidente na nossa sociedade. Não enrole isso com outros problemas que temos.
3. Tão bárbaro, eu espero que nosso país fique publicamente  ainda mais envergonhado disso
4. Se você olhar a região desses homens se casando com mulheres do Sudeste Asiático, você percebe que 27.6% são de Gyeonggi, 20.4% de Seul e 6.2% de Incheon. Metade da distribuição está na área metropolitana de Seul, mas 80% são de cidades e somente uma pequena parte da área rural. Ainda assim, se você olha pro panorama geral, casamento como troca é um caso severo na Coreia tão forte que casamentos com mulheres do Sudeste Asiático são mais de 10% do total de casamentos na Coreia.
5. Casamento como troca é nojento pra caralho, porra ???????? Precisamos espalhar mais isso pra que possa ter mais cliques. Ainda tem muita gente que não acordou pra isso e viraremos um país que mulheres não conseguirão viver. Se você não pode namorar seu crush, viva em celibato, porra, por que pagaria uma mulher pra casar com você?
cr: asiaone¹ ², cnn, theqoo

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