Muitos de nós já estamos acostumados com realidade virtual e como influencers que na verdade são robôs criados pela computação estão ganhando cada vez mais espaço. Um dos principais exemplos é a Lil Miquela, que segue não somente uma carreira como influenciadora, mas também se aproxima do mercado da música. Para kpoppers o conceito não é de todo estranho, levando em consideração que ao longo dos últimos anos temos nos acostumado com o grupo feminino virtual K/DA, da Riot.
Também fomos apresentados a nova proposta da SM com o debut do aespa, que é um grupo de oito membros contando com as 4 integrantes e suas 4 ‘ae’. Recentemente, a líder Karina confirmou que as avatares do grupo também são integrantes ativas, apesar de não fazerem tanta parte das promoções.
Contudo, não somente no Kpop, a inteligência artificial tem dominado diversos âmbitos da Coreia do Sul, criando grupos inteiros de Kpop gerados por computadores e influencers que não existem de carne e osso. Um dos exemplos é Jung Saejin, ‘cantor e compositor’ e também influenciador no Instagram e TikTok. Saejin apoia movimentos sociais, aparece em momentos rotineiros da vida de trainee e publica vídeos cantando e dançando, além de ter uma personalidade desenvolvida.
[Diário de hoje]
Finalmente tenho um novo visual!?? Muitos amigos do IG comentaram preto??loiro??e azul???, mas eu decidi apenas ir para o prateado???(Foi meio espontâneo e eu acho que é por que eu gosto do cabelo platinado do Baekhyun sunbaenim bem muito..? (…)
Saejin está agora publicando vídeos no formato Q&A.
https://www.instagram.com/p/CQGjRc7hasG/
Outro exemplo é a ‘Apoki’, meio humana, meio coelho, e solista de Kpop. Apoki é tão popular na Coreia do Sul que inclusive foi convidada no recente evento virtual ‘IDENTITY 2021’ da Amazon Music. Sua primeira aparição na internet foi em abril de 2019.
Apoki não somente impacta o mundo da música, como também dá entrevistas e publica covers de canto e dança de canções populares lançadas por idols renomados do Kpop.
Não podemos nos esquecer que mais cedo nesse ano, mais precisamente em maio, tivemos o debut de um grupo gerado completamente por uma tecnologia similar ao deepfake. Constituido por onze integrantes geradas a partir da mistura de rostos famosos e belos de indústria, Eternity é feito com a tecnologia Deep Real AI, criado pela Pulse9.
https://www.youtube.com/watch?v=JqKHRa-927s
O clipe tem uma taxa de dislikes muito maior que a de likes, provavelmente pois, dentre todos os exemplos citados, é o mais ‘uncanny’ e assustador, se distanciando demais da realidade.
Concluimos então que, não somente no âmbito de grupos populares de kpop e de grandes empresas, mas a inteligência artificial e/ou criadores virtuais com certeza está assumindo um espaço gigantesco na sociedade. A Coreia do Sul, país conhecido por avanços tecnológicos, não fica atrás na corrida de lançar uma grande influência desse gênero. Lee Soo Man passou anos aprimorando o conceito e universo do aespa, que resultou na criação do SMCU (SM Culture Universe) e interligando assim todos os lançamentos aos do novo girlgroup da empresa.
O futuro dos influencers, de acordo com a diretora geral do bootcamp da startup Betaworks’, Danika Laszuk, são seres digitais que são de fato movidos a Inteligência Artificial. – theverge
@sua_to_z이거 끝까지 보면 나랑 사귀는거다?ㅎ Date me?? ##sua ##suatoz ##대명사고백 ##fyp ##추천♬ original sound – Isaiah Washington
O movimento é mais real do que nunca, piadas a parte. Eles querem namorar, dançar, e principalmente, ganhar engajamento. Colocamos então em pauta o debate sobre como a substituição de seres humanos reais é um problema inerente, visto que nós, de carne e osso, somos obsoletos, enquanto uma personalidade virtual ou uma inteligência virtual pode ser imortal e constantemente aprimorada. Essa questão nos faz pensar sobre ganância, tecnologia e variáveis ocasionais.
Não necessariamente o público geral sul coreano apoia esse tipo de mercado.